segunda-feira, 29 de março de 2010


Na escola, Disparidades

O Brasil tem mais de 53 milhões de estudantes na Educação Básica. O atendimento às populações branca e negra, no entanto, é bastante desigual. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2007 revelam que na educação infantil apenas 13,8% das crianças negras estavam matriculadas em creches. O número sobe para 17,6% na população branca. Na pré-escola, são 65,3% das crianças brancas matriculadas, frente a 60,6% da população infantil negra.

Quando o assunto é a distorção idade-série, as diferenças se acentuam, como mostram os dados do Educacenso de 2007. No caso de crianças brancas, o índice é de 33,1% na 1ª série do ensino fundamental e de 54,7% na 8ª, subindo, no caso das negras, para 52,3% e 78,7%, respectivamente. Entre os jovens brancos de 16 anos, 70% haviam concluído o ensino fundamental obrigatório. Na população negra dessa faixa etária, apenas 30% o fizeram. Entre as crianças brancas de 8 e 9 anos na escola, a taxa de analfabetismo era de 8%. Para as negras, o dobro.

No ensino médio, o quadro não é diferente: 62% dos jovens brancos de 15 a 17 anos frequentavam a escola em 2006; na população negra, o índice caía pela metade. Se o recorte etário for para 19 anos, os brancos apresentam uma taxa de conclusão do ensino médio de 55%, contra apenas 33% dos negros.

As desigualdades persistem no ensino superior. A Fundação Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que 12,6% da população branca acima de 25 anos concluiu o curso superior. Entre os negros, a taxa é de 3,9%. Em 2007, os dados coletados pelo Censo da Educação Superior indicavam a frequência de 19,9% de jovens brancos entre 18 e 24 anos nas universidades. Já para os negros o percentual era de 7%.

Com base na Pnad, 49,4% da população brasileira se autodeclarou da cor ou raça branca e apenas 7,4% preta. Outros 42,3% se autodenominaram pardos e 0,8% de outra cor ou raça. A população negra é formada pelos que se reconhecem pretos e pardos.

Diversidade e Desigualdades

» 47,1% dos jovens são brancos e 52,9% não brancos (sendo 85,1% pardos, 13,5% pretos, 0,8% amarelos e 0,6% indígenas)

» Analfabetismo entre os jovens negros é quase três vezes maior do que entre os brancos

» Frequência líquida ao ensino médio é 55,9% maior entre
os brancos

» Frequência líquida ao ensino superior é cerca de 3 vezes maior entre os brancos

» As taxas de homicídio entre os jovens pretos e pardos é de 148,8 e 140,9 por 100 mil hab. respectivamente, ao passo que entre os brancos é de 69,2

» Os jovens pobres são majoritariamente não brancos (70,8%), enquanto os jovens brancos são 54,1% dos

Referências bibliográficas :

http://revistaeducacao.uol.com.br/textos.asp?codigo=12858

segunda-feira, 22 de março de 2010

Cinema

Como estrelas na Terra toda criança é especial ....


Filme da produção de Bollywood – conta a história de uma criança que sofre com dislexia e custa a ser compreendida. Ishaan Awasthi, de 9 anos, já repetiu uma vez o terceiro período (no sistema educacional indiano) e corre o risco de repetir de novo. As letras dançam em sua frente, como diz, e não consegue acompanhar as aulas nem focar sua atenção. Seu pai acredita apenas na hipótese de falta de disciplina e trata Ishaan com muita rudez e falta de sensibilidade. Após serem chamados na escola para falar com a diretora, o pai do garoto decide levá-lo a um internato, sem que a mãe possa dar opinião alguma. Tal atitude só faz regredir em Ishaan a vontade de aprender e de ser uma criança. Ele visivelmente entra em depressão, sentindo falta da mãe, do irmão mais velho, da vida… e a filosofia do internato é a de disciplinar cavalos selvagens. Inesperadamente, um professor substituto de artes entra em cena e logo percebe que algo de errado estava pairando sobre Ishaan. Não demorou para que o diagnóstico de dislexia ficasse claro para ele, o que o leva a por em prática um ambicioso plano de resgatar aquele garoto que havia perdido sua réstia de luz e vontade de viver. O filme é uma obra prima do até então ator e produtor Aamir Khan.


Dicas de leitura:

Um amigo especial
Síndrome de Down é o tema desta coleção. Em um dos enredos, um menino passa por vários questionamentos ao observar a rotina de seu vizinho esquisito. Vencendo a timidez e o preconceito, inclusive dos pais, ele conclui que seu amigo Down é apenas diferente.
MEU AMIGO DOWN NA RUA; MEU AMIGO DOWN NA ESCOLA; MEU AMIGO DOWN EM CASA, Claudia Werneck, 24 págs. cada um, Ed. WVA

Ver e enxergar
A história de Rodrigo é contada pelo seu melhor amigo, André, o primeiro a perceber que ele era cego, mas podia enxergar tudo. O autor não vê desde bebê, mas cresceu empinando pipa e brincando de carrinho de rolimã. Só mais tarde conheceu o preconceito e viu que em parte ele se deve à desinformação.
RODRIGO ENXERGA TUDO, Markiano Charan Filho, 36 págs., Ed. Nova Alexandria

Mundão de tons sem fim
Este é um dos cinco volumes da série Mundinho, para "leitores" de 2 a 5 anos. Com ilustração e texto em braile, o livro - que é quadrado só no formato - começa com a descrição das incontáveis cores presentes na natureza.
UM MUNDINHO PARA TODOS, de Ingrid B. Bellinghausen, 24 págs., Ed. DCL

Diferentes, mas iguais
Versos e rimas descrevem uma escola onde todos são iguais mesmo sendo diferentes. “Lá na minha escola/ninguém é diferente/cada um tem seu jeito/o que importa é ir pra frente”.
NA MINHA ESCOLA TODO MUNDO É IGUAL, Rossana Ramos, 20 págs., Ed. Cortez

Oba, escola nova!
Júlia tem 8 anos e adora ler, brincar com o dicionário e dar nome para tudo, até para três amigas especiais: Felizberta e Felizbina, suas muletas, e Joaninha, sua cadeira de rodas. Júlia vai entrar numa nova escola e quase não consegue dormir de tão ansiosa, pois antes estudava só com crianças com deficiência.
JÚLIA E SEUS AMIGOS, Lia Crespo, 32 págs., Ed. Nova Alexandria

Muito prazer, Sílvia!
Sílvia é uma menina que faz cara feia e bonita, canta, brinca de gangorra e de pirata com a mamãe, faz travessuras, fica de castigo, dança com o vovô e cavalga com o papai, nada como um peixe... e tudo em uma cadeira de rodas.

ESTA É SÍLVIA, Jeanne Willis e Tony Ross, 32 págs., Ed. Salamandra

Ninguém é perfeito
Um acidente de carro e uma conseqüente paraplegia fazem a vida de Marcella dar uma guinada. A menina que arrasava nos jogos de vôlei se transforma numa pessoa triste, revoltada e sem esperança. Aos poucos, ela se recupera com a ajuda de diversas pessoas, entre elas o irmão, que, no final, conclui “...a gente é como um pedaço da noite. De longe, estrelas perfeitas. De perto, estrelas tortas!”
ESTRELAS TORTAS, Walcyr Carrasco, 104 págs., Ed. Moderna


Um dia de glória
Divertida e cheia de lições é a história dos garotos do time reserva de futebol da escola que nunca entram em campo, até que, um dia, os titulares pegam caxumba e não podem jogar a final.
DESPREZADOS F.C., Júlio Emílio Braz, 80 págs., Ed. Saraiva

Medos e amizades
Antônia e H são amigos, mas diferentes. Ela fala demais e ele de menos. Ele adora ler e ela só abre os livros que a professora manda. Ele faz o tipo bonitão e ela aquela em quem ninguém repara. Quando começam a confiar um no outro, passam a compartilhar seus medos.
AMIGO SE ESCREVE COM H, Maria Fernanda Heredia, 128 págs., Ed. Nova Fronteira

Inclusao você está preparado:

Pessoal confiram este teste publicado na Revista Nova Escola achei muito interessante:

Tente responder às questões abaixo e avalie se você é um educador ou uma educadora preparada para a inclusão.

1 - Recusar a matrícula de um aluno por causa de uma deficiência é crime?

2 - Crianças com deficiência física necessitam de cuidados específicos na hora de se movimentar e participar de atividades na escola?

3 - O professor deve propor atividades escolares mais fáceis para crianças com deficiência?

4 - Crianças cegas precisam de profissionais especializados que as ajudem a ir ao banheiro e a se alimentar na hora das refeições?

5 - As crianças surdas são totalmente insensíveis ao som?

6 - Pais de crianças com deficiência podem exigir a matrícula de seus filhos em qualquer escola, pública ou privada?

7 - Quem apresenta comprometimento nos movimentos dos braços e também das pernas tem deficiência múltipla?

8 - Se a criança é cega ou tem baixa visão, é util para ela que a escola tenha placas de sinalização nas portas e corredores?

9 - Estudantes com deficiência podem ajudar colegas sem deficiência nas atividades?

10 - Professores da sala regular devem incentivar estudantes sem deficiência a fazer parte do processo de inclusão de colegas com deficiência?

11 - A criança surda, com atendimento especializado, pode aprende a escrever no mesmo ritmo que as demais?

12 - A criança cega tem condições de reconhecer o rosto dos colegas de classe?

13 - Professores da sala regular podem adaptar materiais para facilitar a participação de estudantes com deficiência?

14 - Os estudantes com deficiência devem opinar sobre as medidas adotadas para apoiá-los na escola regular?

15 - Crianças cegas podem participar das aulas de Educação Física?

16 - Estudantes com deficiência mental conseguem desenvolver as habilidades de ler, escrever e fazer contas e ser independentes?

17 - Mesmo dominando a língua de sinais, a criança surda pode aprender a falar?

18 - Uma escola só pode ser considerada inclusiva quando tem crianças com deficiência?

Direitos e deveres sobre inclusao

A revista Nova Escola selecionou várias leis e documentos internacionais estabeleceram os Direitos das pessoas com deficiência no nosso país. Confiram alguns deles.

1988
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; garante o direito à escola para todos; e coloca como princípio para a Educação o “acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”.

1989
LEI Nº. 7.853/89

Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou extinguir a matrícula de um estudante por causa de sua deficiência, em qualquer curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de um a quatro anos de prisão, mais multa.

1990
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
Garante o direito à igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola, sendo o Ensino Fundamental obrigatório e gratuito (também aos que não tiveram acesso na idade própria); o respeito dos educadores; e atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular.

1994
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA

O texto, que não tem efeito de lei, diz que também devem receber atendimento especializado crianças excluídas da escola por motivos como trabalho infantil e abuso sexual. As que têm deficiências graves devem ser atendidas no mesmo ambiente de ensino que todas as demais.

1996
LEI E DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL (LBD)

A redação do parágrafo 2o do artigo 59 provocou confusão, dando a entender que, dependendo da deficiência, a criança só podia ser atendida em escola especial. Na verdade, o texto diz que o atendimento especializado pode ocorrer em classes ou em escolas especiais, quando não for possível oferecê-lo na escola comum.

2000
LEIS Nº10.048 E Nº 10.098
A primeira garante atendimento prioritário de pessoas com deficiência nos locais públicos. A segunda estabelece normas sobre acessibilidade física e define como barreira obstáculos nas vias e no interior dos edifícios, nos meios de transporte e tudo o que dificulte a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios de comunicação, sejam ou não de massa.

2001
DECRETO Nº3.956 (CONVENÇÃO DA GUATEMALA
)
Põe fim às interpretações confusas da LDB, deixando clara a impossibilidade de tratamento desigual com base na deficiência. O acesso ao Ensino Fundamental é, portanto, um direito humano e privar pessoas em idade escolar dele, mantendo-as unicamente em escolas ou classes especiais, fere a convenção e a Constituição

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação; garante o direito à escola para todos; e coloca como princípio para a Educação o “acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um”.





M ais indicacoes:


Uma boa pedida para trabalharmos sobre a inclusao dentro de sala de aula é o livro FLICTS !!! Escrito por Ziraldo


Um livro repleto de ilustrações muito coloridas e bem feitas, com um texto poético que só Ziraldo poderia fazer. Traduzido para vários idiomas. Ganhou o prêmio internacional Hans Cristian Andersen considerado o mais importante na literatura infantil. Uma obra necessária em nossa estante de livros. Feito para crianças, encanta todas as idades. Apesar da palavra cor ser feminina, Flicts é masculino. O triste, feio e aflito Flicts percorre um caminho para encontrar-se, ter um lugar para viver e por onde passa ele é rejeitado. O livro começa “Era uma vez uma cor muito rara e muito triste que se chamava Flicts”. Possui características próprias, diferentes de todas as outras cores. Sua solidão era intensa, não era aceito por nenhuma outra cor. Cada cor tem sua interpretação, o vermelho é forte, o amarelo tem uma luz imensa, e o azul transmite paz.”Não existe no mundo nada que seja Flicts”.Não tinha lugar no mundo para Flicts, nem na caixa de lápis de cor, nem no parque e nem no arco-íris. Rejeitado por todas as cores.”Era apenas o frágil e feio e aflito Flicts” Ele tenta a salvação no trabalho, uma faixa em alguma bandeira, percorre o mundo todo, “pelos paises mais bonitos, pelas terras mais distantes, pelas terras mais antigas, pelos países mais jovens” e não se acha. Nesse momento no livro estão desenhadas várias bandeiras cada uma ocupando duas páginas. Muito bem feito. Pensa encontrar-se no mar e também não consegue. Ziraldo dedica oito folhas para descrever o mar que é muito inconstante e vai mudando de cor, uma obra de arte. Um dia Flicts sobe para bem alto e vai subindo, subindo e encontra-se na Lua. E Ziraldo escreve no livro” Quando Neil Amstrong - o primeiro homem que pisou na Lua – veio ao Rio de Janeiro, contei-lhe a história de Flicts e ele me confirmou que a Lua era, realmente FLICTS “ e no livro tem escrito pelo próprio astronauta em inglês” The Moon is Flicts” e assinado embaixo.

Inclusão: a escola para todos

Pensando em uma escola que possa viabilizar de fato a inclusão de todos os alunos temos que pensar em alguns aspectos importantes no funcionamento da escola e a aprendizagem de cada de forma a garantir a qualidade do ensino.

Numa escola inclusiva se faz importante individualizarmos o programa instrucional para todos os alunos, sejam eles deficientes ou não, e oferecermos os recursos que cada aluno necessita para explorar seus interesses individuais no ambiente escolar.

A escola deve estar plenamente comprometida em desenvolver uma comunidade que se preocupem em fomentar o respeito mútuo e o apoio entre a equipe escolar, os pais e os alunos, comunidade essa na qual acreditamos honestamente que os alunos sem deficiência podem beneficiar-se da amizade com colegas deficientes e vice-versa.

Os alunos devem ser estimular a plena participação dos alunos com deficiência na vida da escola, inclusive nas atividades extracurriculares.

A escola inclusiva deve estar preparada para modificar os sistemas de apoio para os alunos à medida que suas necessidades mudem ao longo do ano escolar de tal forma que eles possam atingir e experienciar sucessos e sentir que verdadeiramente pertencem à sua escola e à sua saia de aula.

O currículo dos alunos com deficiência deve ser pleno na medida de suas capacidades e ser modificado na medida do necessário para que eles possam partilhar elementos destas experiências com seus colegas sem deficiência.

Penso que a inclusão deve ser feita de forma a se obter crescimentos por parte do aluno a ser incluído, dos alunos que estão ao redor mesmo esse sem deficiência, aos funcionários da escola e professores, pois deve ser mais uma forma de aprendizagem para todos, pois ninguém nasce sabendo cada um deve buscar a melhor forma de ajudar uns aos outros.

A inclusão de um aluno em sala regular não deve ser encarada como obstáculo e sim como uma forma de aprendizagem, o professor ao se formar não se forma sabendo tudo é na pratica de sala de aula que se aprende varias coisas, e é na pratica do trabalho com um aluno inclusivo que aprendemos o como trabalhar com tal deficiência. Mesmo porque todos nos temos individualidades e necessitamos de atendimentos especiais.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Educação do olhar


Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu.

O educador diz: “Veja!” - e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente...

E, ficando mais rico interiormente, ele pode sentir mais alegria e dar mais alegria - que é a razão pela qual vivemos.

Já li muitos livros sobre psicologia da educação, sociologia da educação, filosofia da educação – mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à educação do olhar ou à importância do olhar na educação, em qualquer deles.

A primeira tarefa da educação é ensinar a ver...

É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo...
Os olhos têm de ser educados para que nossa alegria aumente.

A educação se divide em duas partes: educação das habilidades e educação das sensibilidades...

Sem a educação das sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.

Os conhecimentos nos dão meios para viver.

A sabedoria nos dá razões para viver.

Quero ensinar as crianças. Elas ainda têm olhos encantados.

Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento:...a capacidade de se assombrar diante do banal.

Para as crianças, tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o vôo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra.

Coisas que os eruditos não vêem.

“Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci.

Mas nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore...

...ou para o curioso das simetrias das folhas.

Parece que, naquele tempo, as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.

As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor.

Aprendemos palavras para melhorar os olhos.

O ato de ver não é coisa natural.

Precisa ser aprendido.

Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...

Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo, e o mundo aparece refletido dentro da gente.

São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver.

Elas não têm saberes a transmitir.

No entanto, elas sabem o essencial da vida.

Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança jamais será sábio.

- Rubem Alves

EJA ... uma proposta para uma nova vida

Ao iniciar minha pesquisa encontrei o texto de Selva Paraguassu Lopes e

Luiza Silva Sousa EJA: UMA EDUCAÇÃO POSSÍVEL OU MERA UTOPIA?

Li a seguinte citação:

‘É preciso que a sociedade compreenda que alunos de EJA vivenciam problemas como preconceito, vergonha, discriminação, críticas dentre tantos outros. E que tais questões são vivenciadas tanto no cotidiano familiar como na vida em comunidade.

A EJA é uma educação possível e capaz de mudar significativamente a vida de uma pessoa, permitindo-lhe reescrever sua história de vida.

Sabe-se que educar é muito mais que reunir pessoas numa sala de aula e transmitir-lhes um conteúdo pronto. É papel do professor, especialmente do professor que atua na EJA, compreender melhor o aluno e sua realidade diária. Enfim, é acreditar nas possibilidades do ser humano, buscando seu crescimento pessoal e profissional. ’

Ao ler esse trecho do texto, comecei a refletir na educação de jovens e adultos, pois em diversos depoimentos há sempre a preocupação de professores com o grande índice de evasão, e se estamos falando de jovens, e de realidade comecei a pesquisar encontrando o projeto sobre drogas e vícios os males que causa a pessoa no site da professora Sheila Luiza.

As drogas hoje é uma realidade que esta cada vez mais perto de todos e cada vez mais acessível, portanto é um mal que pode assombrar a qualquer um.

Apesar de nunca ter trabalhado com tal modalidade de ensino, penso que a evasão não acontece só por causa de trabalho, cansaço, etc., mas devido a EJA admitir alunos tão jovens em meio de tantas dificuldades as drogas e o vicio pode sim ser uma preocupação que o professores devem ter.

EAD no Brasil


A educação a distancia - EaD tem passado por diversas mudanças tecnológicas. Teve inicio com o uso de matérias impressos e correspondências, atualmente utiliza-se das Novas Tecnologias e Comunicação- TICs.

De acordo com Belloni (2002), a realidade educacional e social mudou com a chegada da tecnologia a procura por conhecimento cresceu. A sociedade do conhecimento valoriza o saber em relação a pratica, ou seja, as habilidades e competências que o individuo adquire com a educação, influenciando cada vez mais o crescimento e acesso a informação.

Entretanto o maior desafio de hoje é transformar informação em conhecimento, surge então a necessidade de utilizar das tecnologias em favor do aprendizado surgindo a EaD, modalidade de auxilio, para atender ao publico que por motivo da vida moderna ficam sem tempo de freqüentar aulas presencias e até ou que esteja distante.

Conforme Faria e Vasconcelos (2009), destacam que pesquisas realizadas apontam a utilização da EaD desde 1891, onde oferecia cursos profissionalizantes por correspondência. Em 1904 inicia-se o ensino privado por correspondência recorrendo às mídias impressas pelo correio. No ano de 1923 o radio surge com função educativa. Entre 1965 a 1970 a EaD entra em uma nova fase com o surgimento das TVs educativas do poder público. A oferta de supletivos por meio de tele cursos chega em 1980, utilizando a televisão e matérias impressos, sem fins lucrativos. No ano de 1985 os computadores começam a ser usados pelas universidades em redes locais. Esta ferramenta começa a ser mais utilizada por volta de 1989, por causa da criação da Rede Nacional de Pesquisa, lá pelos meados de 1998 utilizam-se do uso de mídias de armazenamento como disquetes, CD-ROM entre outros para a difusão do vídeo-aulas.

Para as autoras, EaD está em constante transformação devido aos avanços das tecnologias que vem acontecendo rapidamente em nosso pais. Por volta de 1990 acrescenta-se a essas tecnologias, a teleconferência para capacitações, e em 1994 os cursos superiores a distancia são oferecidos por meio e mídias impressas.

Com a expansão da internet, em 1995 as Instituições de Ensino Superior passa a utilizá-la por meio da Rede Nacional de Pesquisas. Nesse mesmo ano a Lei de Diretrizes e Bases oficializa a Educação a Distancia no Brasil por meio do decreto nº. 2494, de 10 de fevereiro de 1998. No ano de 1996, a oferta das redes de teleconferências aumenta por conta dos mestrados a distancia por meio de parcerias das empresas privadas com as universidades publicas.

Devido ao desenvolvimento dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens em 1997 inicia-se a oferta de cursos de especialização a distancia por meio da internet em universidade publicas e particulares. Por volta de 1999 e 2001 surge as redes privadas, públicas e confessionais para a colaboração das metodologias e tecnologias em favor das NTICs e na EaD.

As autoras acreditam que a oficialização do credenciamento das instituições universitárias com o objetivo de atuar na educação a distancia aparece por volta de 1999 a 2002. Nos meados de 2004, a Web 2.0 vem colaborar com a EaD como ferramenta de acesso.

Em 2005 o Ministério da Educação desenvolve o Sistema de Universidade Aberta do Brasil (UAB), tendo em vista o crescimento e efetivação da disponibilidade de cursos e programas do nível superior. Após o surgimento da tecnologia 3G em 2008, a EaD passa a utilizá-la para o envio de material multimídia via celular.

De acordo com a evolução da EaD, compreende-se que essa modalidade de ensino vem ganhando credibilidade por meio das leis especificas que as garantem, e vários exemplo de cursos que se findam com sucesso, confirmando que esse tipo de ensino vem sanando algumas das dificuldades que impossibilitavam o aprendizado.

Creio que EaD é uma modalidade de ensino que vem contribuindo de maneira muito significativa no aprendizado das pessoas, permitindo discussões, reflexões, oportunizando a construção de novos conhecimentos. Esse tipo de educação se fortalece na necessidade que as pessoas têm de aprender e na falta flexibilidade de tempo, espaço o a acessibilidade a educação que em muitos lugares ainda podemos encontrar a evasão por conta das dificuldades criadas pelo sistema, metodologia de ensino e práticas docentes.

A Educação a Distancia não chega apenas como um marco importante para a educação, mas principalmente para melhorar a educação e torna - lá acessível a todos na forma que garante a lei.

Referencias bibliográficas:

BELLONI, M.L. ENSAIO SOBRE A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL. Educação & Sociedade, ano23, n.78, abr. 2002

FARIA, D. e Vasconcelos, J. S. A Educação à Distância (EaD)
Como Modalidade Auxiliar na Formação e Qualificação das Pessoas Com Deficiência. Disponibilizado em HTTP: www.bengalalegal.com /ead.php.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Pense nisso!

Direitos humanos
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.


Artigo I
Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.
Artigo II
Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição.
Artigo III
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
Artigo IV
Ninguém será mantido em escravidão ou servidão, a escravidão e o tráfico de escravos serão proibidos em todas as suas formas.
Artigo V
Ninguém será submetido à tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.
Artigo VI
Toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei.
Artigo VII
Todos são iguais perante a lei e têm direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei. Todos têm direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal discriminação.
Artigo XXVI
1. Toda pessoa tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução técnico-profissional será acessível a toda esta no mérito.
2. A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
3. Os pais têm prioridade de direito n escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.
Artigo XXX
Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer dos direitos e liberdades aqui estabelecidos.

Ser diferente é normal

Que mundo é esse?

Reportagem: importante refletirmos.

Ao procurar algumas imagens para adicionar ao blog encontrei esta reportagem achei importante para que façamos uma reflexão até para morrer o preconceito existe...

NEGROS MORREM MAIS DO QUE BRANCOS

O número de negros assassinados no Brasil é duas vezes maior do que o de brancos, apesar de cada grupo representar cerca de metade da população do país.
A constatação é de um levantamento feito pelo Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com base em dados do Sistema Único de Saúde (SUS) referentes a 2006 e 2007.

Nesses dois anos, 59.896 negros foram assassinados. Entre os brancos, o número foi de 29.892.

A diferença entre o número de homicídios de negros e brancos é maior entre as crianças e jovens de 10 a 24 anos. Entre os maiores de 40 anos, o número de homicídios é quase o mesmo nos dois grupos.

Segundo o coordenador do laboratório, Marcelo Paixão, os números mostram que os negros estão sujeitos a uma exposição maior de risco que os brancos, em várias partes do país.

"Isso é determinado por razões que são sociais, ou seja, pelo modo de inserção das pessoas no interior da sociedade, e que fazem com que elas tenham maiores probabilidades de virem a sofrer um atentado violento contra suas vidas ao longo de seu ciclo de vida", explicou.

Um dos fatores sociais que poderia explicar esse risco maior é o local de moradia, já que muitos negros moram em áreas mais violentas, como as favelas do Rio de Janeiro, de São Paulo ou de Pernambuco.

Além disso, de acordo com Paixão, há pesquisas que mostram que a letalidade policial - a morte provocada por policiais - é maior entre os negros do que entre os brancos.

Um terceiro fator seria a baixa auto-estima da juventude negra que vive em áreas pobres e que não vê alternativas para a sua vida, e que, por isso, teria mais probabilidades de se envolver em situações de risco.

A maior desigualdade entre homicídios de brancos e negros é encontrada na região Nordeste. Enquanto a relação populacional da região é de 2,4 negros para cada branco, a relação de mortes é de 10 negros para cada branco.

Já a região Sul é a única do país onde essa tendência não é sentida, visto que a relação populacional e a relação de homicídios por cor é igual: 0,2 negro para cada branco.


Referencias bibliograficas


http://joaosilvio.blogspot.com/2009/08/negros-morrem-mais-que-brancos.html

Dicas de livros...

Aqui vai algumas dicas de livros no qual podemos trabalhar o preconceito dentro da sala de aula.

  • Felicidade Não Tem Cor
"O livro fala sobre um menino chamado Fael que era caçoado pelos amigos por causa de sua cor. Ele ficava muito chateado com os racistas que existiam em sua sala de aula. Um dia, ele resolve ir a uma rádio chamada 'Roda-Viva' para perguntar ao locutor o endereço do Michael Jackson, para perguntar a ele como ele tinha ficado branco... O locutor vai ensinar a Fael que você não precisa ser branco para ser feliz. E Fael esquece este negócio de ficar branco. Eu adorei a história pois ela fala que você não precisa ser branco ou de qualquer outra cor para ser feliz."
Autor: Júlio Emílio Braz. Editora: Moderna.


  • MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA

ANA MARIA MACHADO
O coelhinho branco quer ter uma filha pretinha como aquela menina do laço de fita. Mas ele não sabe como a menina herdou aquela cor.

  • O Segredo da Amizade

Wagner Costa
Esta sensível história sobre uma flor e um raio de sol (que representam aspectos humanos de todos nós) faz o leitor pensar sobre o valor da amizade e da solidariedade e sobre os preconceitos daqueles que não toleram as diferenças individuais. A linguagem poética e as inspiradas ilustrações são recursos utilizados para criar um ambiente propício a uma reflexão sobre os
sentimentos.


Irmão Negro –

Walcyr Carrasco

Em ‘Irmão negro’, o narrador da história, Leo, é filho único e sempre desejou ter irmãos. Quando sua mãe recebe uma carta, fica chocada ao saber que sua irmã faleceu e deixou um filho, Sérgio, que está abandonado, vivendo nas ruas. A mãe de Leo viaja para Salvador e de lá traz seu primo, que deverá ser incorporado à família como “irmão’ de Leo. Sérgio é negro e a convivência se mostra difícil – o menino é faminto e calado. Assusta-se com facilidade. Desconhece vida de classe média. É discriminado pelos amigos de Leo e sofre o preconceito quando sai a passear com ele. O menino negro possui também um segredo. Só quando Leo consegue descobrir seu afeto pelo irmão negro o mistério é revelado. Assim, aos poucos, Leo aprende a enfrentar as dificuldades causadas pelo preconceito e ajuda seu irmão a se integrar com outras crianças e amigos.

terça-feira, 9 de março de 2010

Educação indigena o direito de outros povos

A situação dos povos indígenas para mim era pouco conhecida ate agora eu pensava que cada tribo fala sua língua, vivem de acordo com seus costumes e tradições de forma isolada, porem após a leitura do texto pude compreender que não é dessa forma que se da o desenvolvimento e aprendizado do povo indígena.

A educação na tribo se caracterizava pelos processos tradicionais de aprendizagem, a compreensão dos conhecimentos particulares de cada etnia, transmitido de forma oral no dia-a-dia, pensando na não discriminação dos índios, na valorização de sua cultura e principalmente na integração deles na sociedade brasileira, pensou-se em leis lhes desse direito, autonomia, direitos realmente humanos porem não é bem assim que são tratados, pois para exercer tal cidadania cada etnia deveria compreender a língua portuguesa, aprender matemática, compreender a cultura do homem branco com todos seus costumes e tecnologias.

Pensando nisso surge à educação indígena escolar, com o intuito de alfabetizar, deixar de ser selvagens, adquirir autonomia, conseguir viver na atualidade, vivendo uma pressão civilizatoria, entretanto para que isso ocorra os indígenas teriam que se aculturar, ou seja, abandonar sua própria cultura para viver a cultura do outro, para servir como escravo, aprender aquilo que não faz parte de sua realidade.

O que se esperava com todas as leis criadas para eles e com toda essa educação pensando somente nos benefícios e aprendizado indígena não era essa agressão de forçá-los a abandonar sua realidade para que adquira outra que não faz sentido, e sim criar uma educação de liberdade, dá autonomia plena, respeitar a cultura de cada etnia, leis próprias de cada tribo, língua materna e a forma no qual eles se desenvolvem, sua organização política.

A visão que tinha ate hoje é que o europeu chegou impondo condições de vida que não fazia parte da realidade deles, pois para mim os índios tirava seu consumo totalmente da mata, porem eles utilizavam de forma regrada, de acordo com sua necessidade, Evitando a destruição, o desmatamento , extinção da fauna e mudanças ambientais, mas pude perceber que não era bem assim , pois com a ciência arqueológica nos mostra que existia na Amazônia aldeias enormes que para ser construídas foi necessário desmatar, destruir, o que me surpreendeu muito foi pensar que a mata que achamos que é virgem, nativa não é, após a destruição indígena para construção da aldeia ela desapareceu na água, passado esse período nasceu uma nova mata que é o que vemos hoje.

A educação escolar indígena pensada de tal forma vem nos mostrar o quanto são discriminados, e desrespeitados, tendo em vista que nem as leis brasileiras os incorporam como cidadãos legítimos, compreendendo que eles têm outra cultura e outras organizações políticas, mas quando se pensa na educação indígena não é levada em conta a tal cultura diferente nem mesmo sua organização diferente de política, nem língua materna e sim se obriga que o aprendizado aconteça numa língua estranha para eles, espera-se que eles se estruturem socialmente da mesma forma que o homem branco, de forma desrespeitosa.

A própria FUNAI instituição responsável pela preservação desses povos pensava que o índio era um ser ignorante pelo fato de eles não conhecerem a cultura do branco, isso vem nos mostrar o grande descaso com a cultura indígena.

Então como devemos interagir com essas etnias de forma harmoniosa, respeitando e sem discriminá-los?

Pensa-se em novas formas de exploração de gestão de propostas onde tragam os índios para o desenvolvimento que conceba as relações interpessoais, da diversidade de fronteiras, expandirem a aprendizagem intercultural, autonomia econômica e política, reestruturação e preservação de sua cultura e do conhecimento indígena.

Na realidade a escola indígena deve se adaptar a vida indígena garantindo e protegendo sua identidade própria e não o índio se adaptar a sociedade e estrutura do branco.

A educação escolar indígena deve abranger a consciência da cidadania, reestruturação de estratégias de resistência, promover sua própria cultura, e a apropriação das estruturas da sociedade não indígena, para que adquira novos conhecimentos disponibilizando uma vida melhor a cada um deles, visando uma educação comunitária, intercultural, bilíngüe, especifica e diferenciada.

Essa educação diferenciada possibilita a preservação do universo sócio-cultural especifico em cada escola, sendo interessante essa escola ser bilíngüe, tendo suas aulas ministradas preferencialmente por professores indígenas em escolas indígenas e com currículos definidos pelas próprias comunidades tornando assim uma comunidade forte, que matem seus costumes, que aprende de forma diferenciada e é respeitada e compreendida dentro das leis que garante seus direitos, cultura, desenvolvimento de um povo diferente sem discriminá-los, pois apesar de serem diferentes e seguirem estruturas diferentes também merecem ser respeitados e tratados como seres humanos tendo nesse sentido os mesmo direitos que os não índios.

Referencias bibliográficas:

DOMINGUES, S. Augusto. Sujeitos e saberes da educação indígena.

http://www.eca.usp.br/njr/voxscientiae/indigena_40c.htm Acesso em: 14 dez. 2009

Escola na floresta

Crianças europeias aprendem a ler e escrever no meio do mato

Suzana Bizerril Camargo
Revista Superinteressante / Edição Verde - 12/2009

[img01] Mesas, cadeiras, lousa? A tendência é passar o dia inteiro na floresta. Só na Alemanha, mais de 300 escolas adotaram esse método, que também é moda na Dinamarca, na Suécia e na Suíça e se chama waldkindergarten ("jardim de infância na floresta"). Elas seguem o mesmo currículo das escolas tradicionais - só que no meio do mato.

Os alunos, de até 6 anos, são levados pelo professor numa caminhada de aproximadamente 2 quilômetros até um bosque ou floresta, onde há uma mesa improvisada para que aprendam a ler, escrever e fazer operações matemáticas. Tudo isso 6 horas por dia, 5 dias por semana - inclusive quando está nevando. Quer ir ao banheiro? A privada é uma pilha de toras de madeira.

Todo esse sofrimento porque, segundo pedagogos, estudar no mato deixa as crianças mais espertas. Um estudo feito pela Universidade de Freiburg, na Suíça, apontou que as crianças educadas na floresta têm mais concentração, criatividade e coordenação motora.

E os professores juram que os aluninhos gostam. "Eles aprendem a lidar com situações extremas, superar os próprios limites", diz Marga Keller, diretora da escola suíça Wakita, que tem 80 alunos no regime de waldkindergarten. Será mesmo? "Quando está nevando, não é fácil convencê-los a ir", admite a mãe Linda Stavast, que matriculou seus dois filhos, de 4 e 6 anos, nas aulas na floresta.


Mesas, cadeiras, lousa? A tendência é passar o dia inteiro na floresta. Só na Alemanha, mais de 300 escolas adotaram esse método, que também é moda na Dinamarca, na Suécia e na Suíça e se chama waldkindergarten ("jardim de infância na floresta"). Elas seguem o mesmo currículo das escolas tradicionais - só que no meio do mato.

Os alunos, de até 6 anos, são levados pelo professor numa caminhada de aproximadamente 2 quilômetros até um bosque ou floresta, onde há uma mesa improvisada para que aprendam a ler, escrever e fazer operações matemáticas. Tudo isso 6 horas por dia, 5 dias por semana - inclusive quando está nevando. Quer ir ao banheiro? A privada é uma pilha de toras de madeira.

Todo esse sofrimento porque, segundo pedagogos, estudar no mato deixa as crianças mais espertas. Um estudo feito pela Universidade de Freiburg, na Suíça, apontou que as crianças educadas na floresta têm mais concentração, criatividade e coordenação motora.

E os professores juram que os aluninhos gostam. "Eles aprendem a lidar com situações extremas, superar os próprios limites", diz Marga Keller, diretora da escola suíça Wakita, que tem 80 alunos no regime de waldkindergarten. Será mesmo? "Quando está nevando, não é fácil convencê-los a ir", admite a mãe Linda Stavast, que matriculou seus dois filhos, de 4 e 6 anos, nas aulas na floresta.

Absurdo - Vanessa da Mata

Havia tanto pra lhe contar
A natureza
Mudava a forma o estado e o lugar
Era absurdo

Havia tanto pra lhe mostrar
Era tão belo
Mas olhe agora o estrago em que está

Tapetes fartos de folhas e flores
O chão do mundo se varre aqui
Essa idéia do natural ser sujo
Do inorgânico não se faz

Destruição é reflexo do humano
Se a ambição desumana o Ser
Essa imagem de infértil deserto
Nunca pensei que chegasse aqui

Auto-destrutivos,
Falsas vitimas nocivas?

Havia tanto pra aproveitar
Sem poderio
Tantas histórias, tantos sabores
Capins dourados

Havia tanto pra respirar
Era tão fino
Naqueles rios a gente banhava

Desmatam tudo e reclamam do tempo
Que ironia conflitante ser
Desequilíbrio que alimenta as pragas
Alterado grão, alterado pão

Sujamos rios, dependemos das águas
Tanto faz os meios violentos
Luxúria é ética do perverso vivo
Morto por dinheiro

Cores, tantas cores
Tais belezas
Foram-se
Versos e estrelas
Tantas fadas que eu não vi

Falsos bens, progresso?
Com a mãe, ingratidão
Deram o galinheiro
Pra raposa vigiar

Educação ambiental

No perímetro urbano de todas as cidades, a escola alem de outros meios de comunicação se faz responsável pela educação e formação do individuo e sociedade.

Devido a população estar cada vez mais envolvida com novas tecnologias e mais acostumadas com cenários urbanos, vem se perdendo a relação natural que existiam entre o ser humano a terra e suas culturas, deixando de existir valores relacionados com a natureza perdendo-se os pontos de referencia na atual sociedade moderna.

A educação ambiental se mostra em uma forma abragente de educação, propondo-se atingir todos os cidadãos, por meio de um projeto pedagógico permanente que procura desenvolver no educando uma consciência critica sobre os problemas ambientais.

O relacionamento da humanidade com a natureza, que no inicio tinha um mínimo de interferência nos ecossistemas, nos dias atuais vem sendo feita de forma abusiva, e extremamente destrutiva ninguém se preocupa em fazer o uso de forma consciente e sim se preocupam no consumismo, globalização e no lucro que podem ter com tantas riquezas.

Após tantas revoltas naturais sobre os homens e a grande importância que os recursos naturais tem na vida de cada um, pensando nas grandes dificuldades de miséria que os homens já começaram a sofrer, se faz necessário todos pensar em uma forma de mudar o uso e aproveitamento desses recursos.

A escola tem a grande responsabilidade em desenvolver o pensamento critica e as mudanças de habito de seus alunos pois se mostra como um meio abrangente podendo alcançar qualquer classe social, credo, raça, etc..

Mostrando e incutindo nesses alunos e comunidade que se quisermos preservar e ter uma vida sem passar necessidade é necessário a mudança de atitudes tais como começar a pensar e colocar em pratica o desenvolvimento sustentável que nada mais é a capacidade de usar todos os recursos que a natureza nos oferece de forma a suprir apenas as necessidade de cada um.

A escola deve desenvolver programa onde de educação ambiental efetivo promovendo ao mesmo tempo o conhecimento, de atitudes e de habilidades necessárias a preservação e a melhoria da qualidade ambiental. Iniciando pela escola, expandindo pela vizinha podendo se repercutir por toda cidade, região, etc.

A aprendizagem e mudanças de hábitos por parte dos alunos se efetivaram se as situações nas quais os alunos estão envolvidos forem situações reais de sua cidade, do meio em que vivem professor, Aluno e comunidade escolar.

Os princípios mais importantes a serem desenvolvidos na escola para que haja participação efetiva e mudanças de hábitos são:

· Sensibilização: o processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico;

· Compreensão: conhecimento do que compõe e do rege os sistemas naturais;

· Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;

· Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;

· Cidadania: participar ativamente e resgatando direitos e promovendo uma atitude ética conciliando homem e natureza, de forma harmônica.

O maior objetivo da educação ambiental é conscientizar as pessoas em relação ao mundo em que vivem para que possam alcançar a qualidade de vida preservando o que esta ao seu lado. So conseguimos isso depois de conhecer realmente os recursos que nos cercam e os problemas ambientais causados pela exploração do homem,

O mais importante é tentar criar novos hábitos com relação a como usufruir dos recursos oferecidos pela natureza, criando assim um novo modelo de comportamento. A educação ambiental se faz por meio da participação comunitária e não individualista.

A educação ambiental nas escolas é fundamental, pois os conceitos devem ser trabalhados de forma interdisciplinar adequando a realidade local. Se fazendo relevante em todo processo de educação seja ela formal ou informal, de forma que nos seres humanos possa reaprender a nossa existência no planeta, o avanço do conhecimento humano nos faz enxergar o quão pequenos somos diante da diversidade de vida que esta ao nosso redor precisando de atenção, visto que é fundamental que todos adquiram conhecimentos básicos de ecologia, para que se possa aprender com a vida, que não pára nunca, de aprender.

Referencias bibliográficas:

http://portal.mec.gov.br

http://www.apromac.org.br/ea005.htm